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Vamos falar de Arquitetura hostil: Exclusão social em espaços públicos.

Recentemente, uma legislação inovadora foi promulgada em São Paulo, visando proibir práticas associadas à 'arquitetura hostil'. Esta expressão, que ganhou destaque nos debates urbanos, descreve a concepção de espaços urbanos projetados não para promover melhorias e convivência, mas sim para desencorajar a presença de determinadas pessoas ou atividades. Ao nos aprofundarmos nesse conceito, é crucial destacar o papel significativo do arquiteto na moldagem de ambientes urbanos mais inclusivos e acolhedores.

Imagem de paisagem urbana com arquitetura hostil, caracterizada por estruturas imponentes de concreto, ausência de espaços verdes e atmosfera impessoal
Entre sombras de concreto, a arquitetura hostil ecoa a frieza urbana

A 'arquitetura hostil' materializa-se em diversos elementos que, longe de aprimorarem a experiência urbana, buscam, muitas vezes, afastar grupos específicos. Bancos desconfortáveis, superfícies anti-skate e iluminação inadequada são apenas alguns exemplos concretos dessa prática que, até recentemente, encontrava espaço em espaços públicos da cidade.


Nesse contexto, é fundamental compreender que a verdadeira arquitetura vai além da mera construção física. Ela é, essencialmente, uma expressão do pensamento criativo, um compromisso com o desenvolvimento de espaços que inspiram, acolhem e aprimoram a qualidade de vida. A arquitetura, por sua natureza intrínseca, não pode ser hostil, pois seu propósito é o de melhorar, nunca piorar.


Quando um espaço é concebido com a intenção de prejudicar a experiência das pessoas, não estamos diante de arquitetura, mas sim de construção hostil. O arquiteto, ao desafiar essa ideia preconcebida, assume a responsabilidade de redefinir os padrões da profissão. Cada projeto se torna, assim, uma afirmação única de comprometimento com a positividade e a melhoria do entorno, transcendendo as estruturas físicas para criar experiências memoráveis.


Ao abordar a 'arquitetura hostil', é crucial reforçar a natureza intrinsecamente positiva da verdadeira arquitetura. Esta é uma profissão que, por sua essência, busca incessantemente aprimorar a vida das pessoas e fortalecer as comunidades através do pensamento inovador e da criação de ambientes enriquecedores. O arquiteto, como agente de mudança, tem o poder de contribuir para uma São Paulo mais inclusiva, onde a positividade e a qualidade de vida são os pilares que sustentam cada projeto arquitetônico.

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